O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, informou nesta quinta-feira
(9) que o Brasil alcançou a maior safra da história do país com 165,92
milhões de toneladas de produção, em uma área plantada de 50,81 milhões
de hectares. A notícia foi comunicada à presidente Dilma Rousseff nesta
manhã no Palácio do Planalto.
"A presidente disse "Que beleza"!", informou o ministro Mendes Ribeiro.
"Ela mostrou uma satisfação muito grande, destacou a pujança do
agronegócio brasileiro, comentamos inclusive a criação do conselho do
agronegócio que está sempre presente nessa situação ajudando, apontando
caminhos, alertando para situações", completou o ministro.
De acordo com Mendes Ribeiro, o país poderá alcançar ainda este ano o
volume histórico de 170 milhões de toneladas. Os números apresentados se
referem ao 11º levantamento da safra, realizado entre 22 e 28 de julho.
"Atingiremos, talvez, os 170 milhões de toneladas ainda este ano. Isso é
uma noticia extremamente boa. Essa é uma notícia que fortalece ainda
mais o produtor brasileiro, fortalece aqueles que trabalham no campo,
que produzem e mostram que o Brasil está cada vez mais caminhando para
uma política agrícola com resultados objetivos para a produção",
afirmou.
Entre os destaques da safra, o ministro apontou a produção de milho. "A
safrinha do milho se tornou safrão. Foi surpreendente e sem dúvida
contribuiu de forma decisiva para que elevasse esses números", afirmou.
ECONOMIA
O ministro Mendes Ribeiro também informou que os números da safra
poderão contribuir para a retomada do crescimento da economia do país no
segundo semestre. Recentemente, diversos órgãos reduziram a projeção de
crescimento do PIB do país para 2% em 2012. Para o ministro, os baixos
números da agricultura nos primeiros meses do ano não surpreenderam.
"No primeiro trimestre, sempre o dado é ruim no que diz respeito a
agricultura. Porque pega o início, pega as coisas começando a acontecer.
Então, ao ministro não surpreendeu. Surpreenderá a todos o número que
vier a acontecer agora. O Brasil é um país agrícola, um país que tem na
sua agricultura um grande fator de desenvolvimento. A mola propulsora do
desenvolvimento brasileiro foi e tem sido a agricultura, que não vai
deixar de ser e não vai deixar de dar a sua contribuição para o momento
difícil que o país possa estar, de uma forma ou de outra, enfrentando
diante das crises mundiais", disse.
CÓDIGO FLORESTAL
O ministro não quis comentar as negociações conduzidas pelo Planalto para votação da MP do Código Florestal no Congresso.
"Não vou falar sobre Código. O Código é uma questão política, a
articulação política está a cargo da ministra Ideli [Salvatti, ministra
das Relações Institucionais]. Os acordos e encontros que tinham de ser
feitos, foram feitos, inclusive conversei com o Henrique [Alves, líder
do PMDB na Câmara] ontem. Agora, vamos tocar, vamos votar. Do meu ponto
de vista, o Código é uma coisa que passou. Nós tinhamos uma legislação
de 1965 e estamos adequando uma legislação aos tempos de hoje. Isso é
importante", afirmou.
Questionado sobre a falta de quórum na comissão criada no Congresso para
analisar o novo Código Florestal, o ministro desconversou: "Vai ver que
teve gente que não acordou em tempo".
Fonte: Site Uol.